domingo, 15 de agosto de 2010

Luto por uma amiga


Com lágrimas nos olhos lembro de quanto você era feliz

De como você trazia alegria a todos a sua volta.

É tudo tão injusto e triste

Podem ter tirado sua vida, mas nada realmente morre, você está bem viva dentro de mim

Sei que de algum lugar você estará olhando por quem foi realmente seu amigo

Pelas pessoas que puderam te conhecer, as que tiveram oportunidade de saber o quão especial você é

Sabe, a morte é triste mas temos que seguir em frente, mas queria poder te dizer o quão é importante para mim, o quão especial ainda é.

Mas ainda restam minhas lembranças, lembranças que ninguém pode tirá-las, somente o tempo, ele é dono de tudo

Mas enquando restarem estas linhas, eu ainda lembrarei mesmo que a memória me falte

Enquanto todos que te ama estiver vivos, você também estará, em nossa memória e em nosso coração

Te amo Juliana Aparecida Sales

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Quando eu tinha você


Mais uma vez cheguei em casa
Estava tudo tão vazio e frio
Chamei por seu nome, mas só escutei ecos,
Ecos no meu coração.
Te procurei por toda parte,
Duvidei que você fosse real até avistar uns retratos na parede
Neles um casal sorria, aquele era você.
Eu lutava para não te esquecer, lutava com todas minhas forças,
Um alívio e uma dor, onde está você?
Vou ao nosso quarto, no guarda roupa encontro lembranças,
Lembranças de quando tinha tudo,
Lembranças de quando tinha você.
Pego a sua única camiseta restante e uso para dormir com seu cheiro que ela conservou.
Um dia você me prometeu que nunca me abandonaria,
Um dia você prometeu que nunca morreria.
Bons tempos, quanto tempo faz?
Talvez um ano, talvez cinquenta, quem sabe,
Só sei que sou uma senhora de cabelos brancos que deseja te encontrar mesmo que isto custe minha vida.
Clamo a morte e finalmente a avisto no pé da cama.
Ela me chama com a face calma e te vejo através de seus olhos.
– Está tudo bem – Ela me diz – Venha comigo.
De mãos dadas com meu único e eterno amor sigo a luz e morro com um sorriso nos lábios

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Rio de Lágrimas


Sonhava com um rio

Um rio de águas vermelhas

Caminhava em busca de outrem,

Avistei de longe um vazio sem fim,

Até eu mesma sabia que faltava alguma coisa naquele lugar sombrio

Vi uma sombra jogada aos pedaços, no fim das águas

A observei, me parecia familiar

Observei que ela chorava

Chorava porque perdeu seu amor, perdendo assim sua vida

Chorava porque estava destruída

Constatei que aquilo era um espelho,

A sombra era minha alma e o rio minhas lágrimas de sangue que derramei por você

Eu estava esperando meu grande amor, mesmo depois da morte.

Me ame


Ouço pessoas sorrindo.

Vejo-as mentindo, disfarçando a dor que tem no peito.

Um dia isso mudará?

Será que algum dia poderei sorrir, mesmo que de mentira?

Será que algum dia alguém se lembrará de mim?

Eu até tento sorrir, mas nada muda dentro de mim.

Não sei ser falsa, não sei tirar esta dor.

Acabaram minhas esperanças, nunca poderemos ficar juntos.

Eu nunca saberei qual é o gosto de seus beijos.

Eu nunca saberei o que é deitar-me contigo.

Eu não sei se quero saber, mas sei que estou apaixonada.

Estou apaixonada por alguém que não sabe que existe.

Tenho medo, porque você não vem me salvar?

Eu te criei, agora você existe e é meu baby.

Seja meu e eu serei sua, pelo menos por uma noite.

Venha tirar toda solidão de dentro do meu peito.

Venha me amar ensinar-me a sorrir.

Não existem promessas


Morte há tanto tempo te espero.

Ver você esperando-me em uma lâmina fria me excita.

Imagino cortando minha pele, posso ver minha veia

Eu prefiro ser tua a viver.

Eu prefiro ficar a sete palmos do chão, do que nessa terra cheia de maldição e pessoas sem amor.

Vejo meu sangue jorrando no piso branco do banheiro, imagino o quanto quem vai limpar ficará bravo.

Morte meu amor, eu quero ser tua, promete que me deitará em seu manto de veludo, promete-me que não haverá mais dor e nem sofrimento.

Promete que contará histórias sobre outras eras, sobre amores, sobre pessoas importantes?

Promete que quando eu deitar, você estará lá?

Promete que me amará para sempre, assim como eu te amo.

Volto a mim, estou deitada a um banheiro frio, sem amor, sem esperanças.

O sangue não é sangue, são apenas lágrimas.

A coragem me abandonou.

E a morte? Foi deitar-se com outro.

Esquecer


Esquecer

Qual melhor forma de morrer?

Eu queria um dia não acordar, eu queria um dia poder sonhar.

Eu queria um dia ser feliz, eu queria um dia fazer o que nunca fiz.

As pessoas dizem que amam as outras, mas será que amar é tudo?

Se amar significa fazer o outro sofrer, eu não quero amar, e se não posso amar, eu não quero existir.

Eu sofro pelos outros para que eu não sofra com meus problemas.

Eu invento coisas em minha cabeça, vivo feliz com elas, fingindo são reais, Elas me machucam e gostam disso, porque são apenas mentiras.

Porque eu iria querer viver magoando quem amo?

Porque eu iria querer um mundo melhor se as pessoas não acreditam que possa existir, eu não quero uma verdade só em minha cabeça, eu não quero os que os outros querem só porque estão em maioria, porque meu celebro é diferente e confuso, porque ele não é normal?

Eu me culpo, choro por coisas que nem sei por quê.

Vejo meu retrato na parede e ele me diz para esquecer, para esquecer de tudo.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Desilusão


Estou desiludida desta vida vazia
Chega de dor, chega de sofrimento
Eu queria uma nova alma
Você sabe onde posso conseguir?
Ninguém sabe, talvez se desta vida eu partir
Talvez consiga uma vida diferente
Talvez eu seja feliz.