
Morte há tanto tempo te espero.
Ver você esperando-me em uma lâmina fria me excita.
Imagino cortando minha pele, posso ver minha veia
Eu prefiro ser tua a viver.
Eu prefiro ficar a sete palmos do chão, do que nessa terra cheia de maldição e pessoas sem amor.
Vejo meu sangue jorrando no piso branco do banheiro, imagino o quanto quem vai limpar ficará bravo.
Morte meu amor, eu quero ser tua, promete que me deitará em seu manto de veludo, promete-me que não haverá mais dor e nem sofrimento.
Promete que contará histórias sobre outras eras, sobre amores, sobre pessoas importantes?
Promete que quando eu deitar, você estará lá?
Promete que me amará para sempre, assim como eu te amo.
Volto a mim, estou deitada a um banheiro frio, sem amor, sem esperanças.
O sangue não é sangue, são apenas lágrimas.
A coragem me abandonou.
E a morte? Foi deitar-se com outro.
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